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Vista do Engenho Oiteiro (Casa Grande estilo francês )
O Engenho Oiteiro foi fundado em 1701 foi visitado pela comitiva de Dom
Pedro II em 1859. Era conhecido como o Engenho mais rico da região
devidos os empreendimentos de seus donos quer que seja no fabrico de
açúcar, como na fabricação de cachaça sem a mais procurada pelos os
armazém da região, sendo suas terras uma das maiores da redondeza tinha o
privilégio de ter em suas terra uma estação ferroviária em Coitezeira
que lhe serviu por muitos anos na escoação da produção do açúcar e do
mel de furo o transporte era feito de carro de boi e nas mulas até o
outro lado do rio.
O Engenho Oiteiro tornou-se conhecido em todo Estado da Paraíba e a
nível Nacional por ser o único do Estado que tinha uma Maternidade de
Inseminação artificial; servindo de celeiro
para muitos estudantes de medicina veterinária do Brasil e de alguns
país como; Estados Unidos e Japão, que até aqui visitaram para conhecer a
técnica de inseminação e reprodução de espécie bovina.
São Miguel de Taipu é um Município da Zona da Mata, situado no baixo
Paraíba, a uma distância de 66 Km de João Pessoa, onde romancistas,
poetas, roteiristas de cinema e cinegrafistas, além de escritores, se
inspiram para elaborar livros, filmes, ensaios e romances. Isto por
que, na área urbana deste pequeno rincão paraibano, está encravado o
Engenho Oiteiro, internacionalmente conhecido por servir de roteiro
para filmes de reconhecida fama, como Menino de Engenho, A Bagaceira
(Soledade ) e Fogo Morto com os atores globais.
O próprio Zé Lins do Rego, escritor paraibano conhecido em todo mundo,
visitou esta propriedade algumas vezes e até escreveu sobre ela em suas
crônicas, livros e cartas.
Com o respaldo de visitante tão famoso assim, o Engenho Oiteiro já
completou muitos anos de existência e, hoje, é um dos marcos do apogeu
financeiro desta região do Várzea do Paraíba, que viveu sua idade de
ouro, num período de mais de três séculos. Logo do terraço da Casa
Grande, uma surpresa aguarda os visitantes: em artigo publicado no
jornal O Globo (não há data visível) Zé Lins do Rego faz comentário
sobre os engenhos da Várzea e enfoca particularidades curiosas do
Engenho Oiteiro, até hoje, poucas conhecidas. Por exemplo, o engenho
Oiteiro foi um dos mais opulentos da região. Seu fundador, Lourenço
Bezerra de Albuquerque Melo, trouxe, da França, a planta da casa grande.
Isto em aconteceu há 116 anos. E o casarão ainda está lá , realçando
seu esplendor, embora recebendo pintura nova.
A arquitetura francesa é inconfundível: os arcos do terraço se assemelham aos do pórtico do Arco do Triunfo, de Paris.
A fachada tem a ver com o estilo arquitetônico do Louvre. Porém, no casarão, não é só o modelo que é importado.
Também vieram da França os moisacos do piso, as grades de ferro das
varandas, as pesadas portas e janelas de madeiras e uma escada de
ferro em caracol, está última um equipamento que inicia na sala de
estar, dando acesso a um pavimento superior.
Na crônica de Zé Lins do Rego, elegantemente exibida numa moldura
colocada na parede do terraço, pode-se ler que, para a época, o casarão
do Engenho Oiteiro possuía novidades revolucionárias.
O Engenho Oiteiro foi a primeira casa da Várzea do baixo Paraíba a
possuir banheiros internos. No quarto de banhos foi instalada uma ducha
escocesa. No pátio, um claustro de palmeiras causava admiração aos
visitantes.
E a casa inteira era servida por moinhos de água, que alimentavam um
reservatório central encarregado de suprir as torneiras internas e
externas.
Na entrada lateral do casarão, está uma lâmpada de bujão de cobre e
redoma de vidro, também importado da Europa. Este equipamento, que está
razoavelmente conservado, era o sistema de iluminação a gás
(querosene) utilizado no casarão na época antes da chegada da energia
elétrica.
Uma curiosidade do Engenho é uma caixinha de musica , importada da
Europa no final do Século XIX. Ainda funciona. O instrumento é quase do
tamanho de um piano.
O relógio de pêndulo está ao canto, desativado. É de fabricação
estrangeira. Segunda Dona Clóris ele foi adquirido no Recife, há 60
anos. Um fotografo famoso da Paraíba, Bronzeado Filho, documentou todo
acervo móvel do engenho, a fim de produzir um documento visual, para
presente e posteridade.